Santo André Kim
e companheiros mártires
Tornamos célebre neste dia o testemunho dos 103 mártires coreanos que foram canonizados pelo Papa João Paulo II, na sua visita a Seul em maio de 1984.
Tudo começou no Século XVII, com o
interesse pelo Cristianismo por parte de um grupo de letrados que ao lerem o
livro do missionário Mateus Ricci com o título “O verdadeiro sentido de Deus”,
tiveram a iniciativa de encarregar o filho do embaixador coreano na China, na
busca das riquezas de Jesus Cristo.
Yi Sung-Hun dirigiu-se ao Bispo de
Pequim que o catequizou e batizou, entrando por aí a Boa Nova na Coréia, ou
seja, por meio de um jovem e ousado leigo cristão que, com amigos, fundaram uma
primeira comunidade cristã.
Com a eficácia do Espírito, começaram
a evangelizar de aldeia em aldeia ao ponto de somarem, em dez anos, dez mil
testemunhas da presença do Ressuscitado. Várias vezes solicitaram do Bispo de
Pequim o envio de sacerdotes, a fim de organizarem a Igreja. Roma, porém, era
de difícil acesso e o Papa sofria com a prepotência de Napoleão, resultado:
somente a Igreja pôde socorrer aos cristãos coreanos, trinta anos depois,
quando os cristãos coreanos tinham sido martirizados aos milhares, juntamente
com os 103 mártires, dentre estes: André Kim, o primeiro padre coreano morto em
1845; dez clérigos e 92 leigos.
Alguns testemunhos ficaram gravados,
e dentre tantos: “Dado que o Senhor do céu é o Pai de toda a humanidade e o
Senhor de toda a criação, como podeis pedir-me para o trair? Se neste mundo
aquele que trair o pai ou a mãe não é perdoado, com maior razão, não posso
nunca, trair aquele que é o Pai de todos nós!” (Teresa Kwon).
Os primeiros mártires coreanos
escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja da própria pátria.
Na data da canonização, bicentenária do início da evangelização da Coréia, esta
nação contava com 1.4000.000 católicos, 14 Dioceses, 1.200 sacerdotes, 3.500
religiosos e 4.500 catequistas, atestando mais uma vez a frase de Tertuliano:
“O sangue dos mártires é sangue de novos cristãos!”
Santo André Kim e companheiros mártires, rogai por nós
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