Santa Beatriz, 01 de setembro


Obediência, pobreza, assistência aos pobres, oração e recolhimento, foi o exemplo que Santa Beatriz da Silva e Meneses deixou.
Beatriz nasceu no Século XV em Ceuta, ao norte da África, cidade que nessa época se encontrava sob o domínio da coroa de Portugal. Nasceu portuguesa, portanto. Seu pai foi governador de Ceuta. Ainda pequena mudou-se para Portugal com sua família, que cultivou na menina uma profunda devoção a Nossa Senhora da Conceição. Aos vinte anos de idade foi enviada para a Espanha como dama de honra de D. Isabel, neta de D. João I, que tornou-se esposa do rei João II de Castela, onde começou seu calvário.
Beatriz era muito bonita, e a rainha, dominada por uma mistura de ciúme e inveja, fechou Beatriz em um caixão durante dias, a fim de que morresse asfixiada, mas uma invisível proteção da Virgem Maria a salvou.
Como gesto concreto de agradecimento Santa Beatriz aceitou sua vocação para a vida religiosa, e logo em seguida partiu a Toledo, onde se recolheu no mosteiro das Dominicanas (ramo feminino da Ordem de São Domingos de Gusmão), cujas religiosas viviam sob a regra cisterniense, onde viveu cerca de 30 anos.
Mas Deus a tinha predestinado para uma obra maior: fundar uma Ordem de estrita clausura numa vida contemplativa na oração, penitência e trabalho.
Santa Beatriz da Silva deixou o mosteiro dominicano e foi habitar numa nova sede que veio a ser o berço das monjas concepcionistas. Essa Ordem está caracterizada por três heranças espirituais de Santa Beatriz: o amor à Maria Imaculada, a Paixão de Jesus Cristo e a Santíssima Eucaristia.
Santa Beatriz faleceu a 09 de agosto de 1490 com 66 anos de idade. No momento de sua morte, seu rosto fora visto transfigurado por uma grande claridade e uma estrela resplandecente sobre sua cabeça até ela expirar.
Beatificada em 1926 pelo Papa Pio XI, sua canonização ocorreu no dia 03 de Outubro de 1976 por Paulo VI.
Santa Beatriz, rogai por nós!


Liturgia Dominical, 22ª Domingo Comum – Domingo 01/09/13


Primeira Leitura (Eclo 3,19-21.30-31)
Leitura do Livro do Eclesiástico.
19Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. 
20Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor. Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios. 
21Pois grande é o poder do Senhor, mas ele é glorificado pelos humildes.
30Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado está enraizada nele, e ele não compreende.
31O homem inteligente reflete sobre as palavras dos sábios, e com ouvido atento deseja a sabedoria.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 67)
(Música igual à faixa 3 do CD.)
— Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
— Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
— Os justos se alegram na presença do Senhor,/ rejubilam satisfeitos e exultam de alegria!/ Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome!/ O seu nome é Senhor: exultai diante dele!
— Dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor:/ é assim o nosso Deus em sua santa habitação./ É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados,/ quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
— Derramastes lá do alto uma chuva generosa,/ e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes;/ e ali vosso rebanho encontrou sua morada;/ com carinho preparastes essa terra para o pobre.


Segunda Leitura (Hb 12,18-19.22-24a)

Leitura da Carta aos Hebreus.
Irmãos: 
18Vós não vos aproximastes de uma realidade palpável: “fogo ardente e escuridão, trevas e tempestade, 
9som da trombeta e voz poderosa”, que os ouvintes suplicaram não continuasse.
22Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; 
23da assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus; de Deus, o juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição; 
24ade Jesus, mediador da nova aliança.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Evangelho (Lc 14,1.7-14)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 
7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola:
8“Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 
9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar.
10Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 
11Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.
12E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 
13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 
14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


São Raimundo Nonato, 31 de agosto








São Raimundo NonatoHoje, celebramos a vida do santo que se tornou modelo para todo vocacionado à santidade e ao resgate das almas. Por ter encontrado dificuldades para vir à luz, é invocado como patrono e protetor das parturientes e das parteiras (seu nome significa “não nascido” porque foi extraído vivo das entranhas da mãe já morta). São Raimundo Nonato nasceu na Espanha, em Portel, na diocese de Solsona (próximo a Barcelona) no ano de 1200. Ainda menino, teve de guardar o gado e, durante seus anos de pastor, visitava constantemente uma ermida de São Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotíssimo. Conta-se que, durante as horas que passava aos pés de Maria, um anjo lhe guardava o rebanho.
Desde jovem, Raimundo Nonato percebeu sua inclinação à vida religiosa. Seu pai buscou, sem êxito, impedi-lo de corresponder ao chamado vocacional. Ao entrar para a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, pôde receber do fundador: São Pedro Nolasco, o hábito. Assim, tornou-se exemplo de ardor na missão de resgatar das mãos dos mouros, os cristãos feito escravos.
Certa vez, São Raimundo conseguiu liderar uma missão que libertou 150 cristãos, porém, quando na Argélia acabaram-se os recursos para o salvamento daqueles que corriam o risco de perderem a vida e a fé, o Missionário e Sacerdote Raimundo, entregou-se no lugar de um dos cristãos. Na prisão, Raimundo pregava para os muçulmanos e cristãos, com tanta Unção que começou a convertê-los e desse modo sofreu muito, pois chegaram ao extremo de perfurarem os seus lábios com um ferro quente, fechando-os com um cadeado.
Foi mais tarde libertado da prisão e retornou à Espanha. São Raimundo Nonato, morreu em Cardona no ano de 1240 gravemente doente. Não aguentou atingir Roma onde o Papa Gregório IX queria São Raimundo como Cardeal e conselheiro.
O seu corpo foi descansar na mesma ermida de São Nicolau em que orava nos seus anos de pastor.
São Raimundo Nonato, rogai por nós!

Liturgia Diária, 21ª Semana Comum – Sábado 31/08/13


Primeira Leitura (1Ts 4,9-11)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.

Irmãos, 
9não é preciso escrever-vos a respeito do amor fraterno, pois já aprendestes de Deus mesmo a amar-vos uns aos outros. 
10É o que já estais fazendo com todos os irmãos, em toda a Macedônia. Só podemos exortar-vos, irmãos, a progredirdes sempre mais. 
11Procurai viver, com tranquilidade, dedicando-vos aos vossos afazeres e trabalhando com as próprias mãos, como recomendamos.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Responsório (Sl 97)

— O Senhor julgará as nações com justiça.
— O Senhor julgará as nações com justiça.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
— Aplauda o mar com todo ser que nele vive, o mundo inteiro e toda gente! As montanhas e os rios batam palmas e exultem de alegria,
— na presença do Senhor; pois ele vem, vem julgar a terra inteira. Julgará o universo com justiça e as nações com equidade.




Evangelho (Mt 25,14-30)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola:
14”Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 
15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 
16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. 
17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lu­crou outros dois. 
18Mas aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão.
19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 
20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 
21O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 
22Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 
23O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 
24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 
25Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 
26O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 
27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. 
28Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 
29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 
30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!”


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.



São Cesário de Arles, 30 de agosto


São Cesário de ArlesOs santos, como ninguém, entenderam que a Graça do Cristo que quer santificar a todos, é sempre a mesma, na eficiência, abundância e liberalidade. Cesário de Arles foi um destes homens que se abriu ao querer de Deus, e por isso como Bispo tornou-se uma personalidade marcante do seu tempo.
Cesário nasceu na França em 470, e ao deixar sua casa entrou para o mosteiro de Lérins, onde se destacou pela inteligência, bom humor, docilidade e rígida penitência, que mais tarde acabou exigindo imperfeitamente dos monges sob sua administração. Diante dos excessos de penitências, Cesário precisou ir se tratar na cidade de Arles – Sul da França- local do aprofundamento dos seus estudos e mais tarde da eleição episcopal.
São Cesário de Arles, até entrar no Céu com 73 anos de idade, ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita, tornando-se assim o grande orador popular do Ocidente latino e glória para a vida monástica. Já que escreveu duas Regras monásticas. Em tudo buscava comunicar a ortodoxia da Fé e aquilo que lutava para viver com o Espírito Santo e irmãos, por isto no campo da moral cristã, Cesário de Arles salientava o cultivo da justiça, prática da misericórdia e o cuidado da castidade.
São Cesário de Arles, rogai por nós!

Liturgia Diária, 21ª Semana Comum – Sexta-feira 30/08/13

Primeira Leitura (1Ts 4,1-8)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.

1Meus irmãos, eis o que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! 
2Conheceis, de fato, as instruções que temos dado em nome do Senhor Jesus. 
3Esta é a vontade de Deus: vivei na santidade, afastai-vos da impureza; 
4cada um saiba tratar o seu parceiro conjugal com santidade e respeito, 
5sem se deixar levar pelas paixões, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus. 
6Que ninguém, nessa matéria, prejudique ou engane seu irmão, porque o Senhor se vinga de tudo, como já vos dissemos e comprovamos. 
7Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade. 
8Portanto, desprezar estes preceitos não é desprezar um homem e sim, a Deus, que nos deu o Espírito Santo.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.




Responsório (Sl 96)

— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

— Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.
— As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.
— O Senhor ama os que detestam a maldade, ele protege seus fiéis e suas vidas, e da mão dos pecadores os liberta.
— Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu santo nome!



Evangelho (Mt 25,1-13)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 
1”O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 
2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 
3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 
4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 
5O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 
6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 
7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 
8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’.
9As previ­dentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 
10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 
11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 
12Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 
13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”.


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.



Martírio de São João Batista, 29 de agosto


Martírio de São João BatistaCom satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)
Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem “precedeu” como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.
São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)
São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades – sua cunhada – e com ela vivia como esposo.
Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: “Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista” (Mc 6,25)
Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.
São João Batista, rogai por nós!


Martírio de São João Batista – Quinta-feira 29/08/13


Primeira Leitura (Jr 1,17-19)

Leitura do Livro do Profeta Jeremias.

Naqueles dias, a Palavra do Senhor foi-me dirigida: 
17“Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer. Não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles.
18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 
19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 70)

— Minha boca anunciará vossa justiça!
— Minha boca anunciará vossa justiça!

— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.
— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensi­nastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.




Evangelho (Mc 6,17-29)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 
17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Hero­díades, mulher de seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 
18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 
19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 
20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.
21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 
22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 
23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”.
24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 
25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 
26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 
27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João.
O soldado saiu, degolou-o na prisão, 
28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 
29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.



Santo Agostinho, 28 de agosto


Santo AgostinhoCelebramos neste dia a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.
Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.
Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.
O seu processo de conversão recebeu um “empurrão” quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: “Toma e lê”, e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus:“…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo…não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências”.
Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de “perder” sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.
Santo Agostinho, rogai por nós!

Liturgia Diária, Santo Agostinho – Quarta-feira 28/08/13


Primeira Leitura (1Ts 2,9-13)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo ao Tessalonicenses.

9Irmãos, certamente ainda vos lembrais dos nossos trabalhos e fadigas. Trabalhamos dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vós. Foi assim que anunciamos o Evangelho de Deus. 
10Vós sois testemunhas, e Deus também, de quão santo, justo, irrepreensível foi o nosso proceder para convosco, os fiéis.
11Bem sabeis que, como um pai a seus filhos, 
12nós exortamos a cada um de vós e encorajamos e insistimos, para que vos comporteis de modo digno de Deus, que vos chama ao seu reino e à sua glória. 
13Por isso agradecemos a Deus sem cessar por terdes acolhido a pregação da Palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo efeito em vós que abraçastes a fé.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Responsório (Sl 138)

— Senhor, vós me sondais e me conheceis!
— Senhor, vós me sondais e me conheceis!

— Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente.
— Se a aurora me emprestar as suas asas, para eu voar e habitar no fim dos mares; mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra.
— Se eu pensasse: “A escuridão venha esconder-me e que a luz ao meu redor se faça noite!” Mesmo as trevas para vós não são escuras, a própria noite resplandece como o dia.



Evangelho (Mt 23,27-32)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus: 
27“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão! 
28Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça.
29Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, 
30e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. 
31Com isso, con­fessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 
32Com­pletai, pois, a medida de vossos pais!”


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


O poder da oração


“Um dia, Jesus estava orando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou a seus discípulos’. Ele respondeu: ‘Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome...’” (Lc 11,1-2).

Quando a equipe do Clube da Evangelização pediu que eu escrevesse sobre o poder da oração, lembrei-me desta passagem do Evangelho, pois ela nos ensina algo muito importante sobre a oração e o poder que ela traz em si.

Quando se fala em “poder” da oração, imediatamente pensamos naquela que realiza todos os nossos desejos, cura todas as nossas enfermidades e nos liberta de todo e qualquer mal. Imaginamos a oração como uma fórmula infalível para nunca mais passarmos por quaisquer tribulações e adversidades. Então, por que ficamos sem palavras diante daquela pessoa orante e piedosa que sofre tanto em sua vida? Será que Deus a desamparou?

Não, meus irmãos! Deus jamais abandona um filho Seu. E a razão disso é que Ele é Pai. Um amoroso Pai! O nosso Pai. Foi isso que Jesus revelou àquele discípulo ante o seu sincero pedido:“Senhor, ensina-nos a orar”. A grande lição do Mestre referente à oração foi nos mostrar que ela consiste num diálogo paterno. Jesus nos indica que oração é intimidade, é relacionamento com o Senhor.
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Num tempo em que se busca combater a solidão da alma com relacionamentos virtuais, provisórios e, muitas vezes, fúteis; num tempo em que cada vez mais se evita ter aquela conversa “olhos nos olhos” dentro do sagrado território familiar; que os cônjuges, os pais e os filhos não encontram mais espaço para partilhar os tesouros e as angústias da própria alma, Cristo vem nos lembrar: “O nosso Pai nos quer junto de Si. Venham dialogar com Ele!”. A oração é, portanto, esse maravilhoso relacionamento de um filho que sabe não ser órfão nessa vida. Afinal, ele tem um Pai que o ama!

Assim, sempre que oramos, tocamos nesse poder que nos impulsiona cada vez mais à frente. Não caminhemos amedrontados! Muito pelo contrário, lancemo-nos com confiança rumo à meta (o Céu!), segurando na mão d’Aquele que nos chama de filhos amados.

Fazendo em cada oração essa linda experiência de relacionar-se com o Pai, descobre-se o eficaz antídoto para a solidão, para a tristeza e para aquela terrível dor que insiste em assolar nossa alma. Eis aí a importância do combate na oração, porque o mal quer, a todo custo, nos levar a acreditar que somos órfãos de Deus.

Penso que o grande poder da oração está em nos assegurar, aconteça o que acontecer na vida, essa verdade irrefutável: quem ora jamais está sozinho. E quem caminha nessa certeza vive mais feliz!

Faça a experiência de tocar no verdadeiro poder que existe nesse diálogo com Deus: amor, perdão, cura, fortaleza, filiação. É nessa íntima relação com o Pai, por meio da oração, que vamos sendo restaurados e lapidados como um precioso diamante, pois somos todos valiosos para Deus!

Termino esse artigo com um maravilhoso ensinamento que li no primeiro livro cristão que ganhei de presente, logo no início da minha caminhada com o Senhor, há mais de 25 anos. O livro chama-se "Cristo Minha Vida”, da autoria de Clarence J. Enzler. Nele, há um capítulo no qual Jesus nos fala a respeito da oração. Compartilho com você esse pequeno trecho, na esperança de que ele o faça cada vez mais fiel em sua oração diária no concreto da vida, para que seu ânimo, assim, jamais desfaleça: “Jamais deixes passar o dia sem rezar, vocal ou mentalmente. Fala comigo, com a certeza de que estou em tua alma, vendo-te, ouvindo-te, conhecendo-te, compreendendo-te. Fala comigo como teu maior amigo” (II Parte, Capítulo VII).

Um forte abraço!


Alexandre Oliveira
Membro da Comunidade Canção Nova

Santa Mônica, 27 de agosto.


Neste dia, celebramos a memória desta grande santa, que nos provou com sua vida que realmente “tudo pode ser mudado pela força da oração.” Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever:“Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica, rogai por nós!